CARLA CEPOLLINA, acusada da morte do Coronel Ubiratan,
é expulsa de julgamento após se revoltar com
testemunha
A advogada - e ré no tribunal de júri de São Paulo - Carla Cepollina,
46 de idade, foi mandada sair da sessão de seu julgamento após se revoltar
contra testemunha que prestava depoimento por volta das 21h30 desta
segunda-feira (5/11).
Ela é acusada de matar em 2006 o então namorado, o
coronel Ubiratan Guimarães, que ficou conhecido como "o comandante do
massacre do Carandiru" e será julgada por homicídio triplamente
qualificado (por crueldade, motivo fútil e sem chance de defesa).
Durante o depoimento do delegado Marco Antonio Olivato
- que investigou o caso a época do crime - a advogada Liliana Prinzivalli, que
é mãe e defensora de Carla - afirmou que o policial "chantageou a
filha".
Segundo a advogada de defesa, caso Cepollina não
confessasse o crime, sua mãe seria presa.
No dia 25 de setembro de 2006, Liliana Prinzivalli foi
autuada por posse irregular de armas. Segundo a polícia, uma carabina foi
localizada no apartamento da mãe de Cepollina. Então Liliana foi presa por
posse irregular de armas, pagou fiança de R$ 800 e foi liberada, de acordo com
o DHPP.
O delegado negou ter feito a afirmação. Neste momento,
Carla se exaltou e interrompeu o depoimento, afirmando que ele "falou
sim". O juiz Bruno Ronchetti de Castro então declarou que a acusada não
poderia se manifestar durante o julgamento, e por isso ela deveria se retirar
da sessão.
O julgamento foi suspenso após o término do
depoimento de Olivato. Os trabalhos devem ser retomado às 9h desta terça-feira,
quando o delegado José Vinciprova Sobrinho e Carla Cepollina contarão suas
versões dos fatos.
No início da tarde, a advogada de Carla dispensou
todas as cinco testemunhas de defesa por acreditar que todas as provas já são
favoráveis à filha.
O julgamento começou por volta das 15h40 desta
segunda-feira, no fórum na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Dos sete
jurados selecionados, apenas uma é mulher. Segundo a defesa, a Promotoria
dispensou a participação de outras mulheres porque elas são "mais emotivas
e poderiam se solidarizar com Carla".
A primeira testemunha ouvida foi Odete Adoglio de
Campos, 85, vizinha do coronel. Ela contou que ouviu um barulho estridente
enquanto assistia à novela das 19h. Pensou, primeiro, que uma pilha de pratos
havia caído. Depois, achou que alguém tinha jogado uma pedra em alguma janela.
Segundo o depoimento, Odete só ficou sabendo do crime
na madrugada do dia seguinte ao ouvir a notícia no rádio.
Outras duas testemunhas de acusação que seriam ouvidas
ontem, Renata Madi e Fabrício Guimarães (filho do coronel), não compareceram no
tribunal.
Renata Madi é promotora da Polícia Federal e, segundo
a Promotoria, mandou uma mensagem de celular ao coronel no dia do crime, fato
que teria desencadeado a briga entre Ubiratan Guimarães e Carla Cepollina,
resultando no assassinato. O filho do coronel teria passado mal e, por isso,
não foi ao tribunal.
Carla Cepollina responde em liberdade e nunca foi
presa.
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